Jornalistas e estudantes fazem manifestação em frente ao STF

01/04/2009 - 19h37

Da Agência Brasil

Brasília - Estudantes de jornalismo, professores ejornalistas, de várias regiões do país,realizaram uma manifestação, na tarde de hoje (1°),em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), pela regulamentaçãodo diploma jornalista e contra a Lei de Imprensa, Lei 5.250, de1967. A sessão plenária do STF parajulgamento de ação que pede a revogaçãoda lei começou às 14h. O presidente da FederaçãoNacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo de Andrade, disse é contrário à revogação poisnão concorda que se crie uma situação em que nãohaja lei alguma."Não somos favoráveis a umcenário de lei nenhuma. Ou muito menos de lei mínima.Queremos que o Congresso revogue o mais rápido possívelos artigos que são considerados inconstitucionais. Esperamosque o STF cobre publicamente a responsabilidade da Câmara dosDeputados, pois só chegamos a essa situação pelaomissão dos deputados que adia a 12 anos a votaçãodo projeto que revoga essa lei, e que coloque no lugar um textomoderno e democrático", afirmou.Sobre a questão da regulamentaçãodo diploma de jornalista, o presidente da Fenaj afirmou que aregulamentação do diploma é fundamental para acidadania. E que ele é estratégico para estruturaçãoe construção da identidade jornalística, que hádécadas tem como base a exigência do diploma. “Assimcomo, o cidadão quer o melhor médico, o melhorprofessor para o seu filho, vai quer o melhor o melhor jornalista”,disse.Para a jornalista, Camila Marins, a questãoda obrigatoriedade do diploma é uma discussão muito antiga e que nunca é votada. “Estamos aqui justamente parapressionar o STF a regulamentar a nossa profissão. Quanto aLei de Imprensa, queremos liberdade de imprensa. Nossa lei éantiga, vem desde a época da ditadura. É impossíveltrabalharmos com uma lei tão retrógrada, tem que havermudanças”, afirmou. Segundo a representante do Sindicato dosJornalistas do Estado Ceará, Cristiane Bonfim, o fim dodiploma é uma “temeridade”, porque poderá fazer comque qualquer um possa exercer a profissão. “Essamanifestação é fundamental, para que possamosdefender essa posição de quem é jornalista, dequem passou quatro anos numa graduação para exerceressa profissão”, disse.O estudante João Eduardo Colossale, alunode jornalismo da Pontifícia Universidade Católica deCampinas (PUC-Campinas), São Paulo, afirmou ser fundamental aobrigatoriedade do diploma e defendeu que a Lei de Imprensa precisaser revista. “Não podemos aceitar uma lei tão antiga,e muito menos concordar que qualquer pessoa exerça a profissãode jornalista”, afirmou.