Governo prepara medidas para aumentar acesso a exames de mamografia, diz Inca

01/04/2009 - 18h40

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente doInstituto Nacional do Câncer (Inca), Luiz AntônioSantini, considerou preocupantes os dados do estudo encomendado pelaFederação Brasileira de InstituiçõesFilantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama)que afirma que 31% das mulheres, sobretudo aquelas que usam o sistemapúblico de saúde, nunca fizeram exame de mamografia.“Isso épreocupante e teremos que corrigir. Esse é um dosmotivos pelos quais o Ministério da Saúde estápreparando um conjunto de medidas para aumentar e garantir o acesso [aos exames]”,disse.Ele disse ainda que épreciso realizar mais campanhas educativas para chamar a atençãodas mulheres sobre a importância do exame. “Falta que essainformação seja melhor tratada, melhor organizada. Nós temos um estudo com mulheres sobre amamografia e sabemos que falta muita informação”,afirmou Santini.No dia 29 deste mêsentra em vigor uma lei que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS)a realizar o exame de mamografia nas mulheres acima de 40 anos.Santini disse que o Ministério da Saúde estápreparando um conjunto de medidas para possibilitar aoperacionalização do acesso aos exames. O presidente do Inca afirmou que a rede pública de saúde tem mamógrafos suficientese profissionais qualificados para realizar o exame. O problema, segundo ele, está no acesso.“A prioridade de atendimento é para quemestá doente. O acesso hoje à mamografia apresenta dificuldadepor falta de um atendimento específico para o rastreamento. Aspessoas que estão doentes que apresentam sintomas ou têmalguma queixa ou ainda pedido do médico têm prioridade noatendimento”, explicou.Segundo Santini, até2011, o Ministério da Saúde vai ampliar o númerode mamógrafos para atender 70% da população queprecisa realizar o exame. Hoje, essa cobertura é de 46%.