Fumantes passivos estão expostos aos mesmos riscos de quem fuma, diz especialista

01/04/2009 - 20h18

Ivy Farias
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Na cidade de São Paulo, 36% dos cidadãos que convivem com fumantes apresentam concentrações elevadas de monóxido de carbono no organismo. As taxas são semelhantes às de fumantes. O dado faz partede um estudo da Secretaria de Saúde de São Paulo. Segundo a pesquisa, 70% das 1.310 pessoas analisadas mantêm contato comfumantes no ambiente de trabalho. No caso de filhos de fumantes, ascrianças podem ter doenças como rinite, sinusite, alergias, entreoutros.Além disso, 18% das pessoas tiveram resultados semelhantes aos de uma pessoa que consome menos de um maço de cigarros por dia. "Este é um problema de saúde pública", alertou a diretora do Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas (Cratod), Luizemir Lago. Segundo ela,o ideal é que os fumantes não acendam cigarros em ambientes fechados."Conviver com um fumante no mesmo espaço, seja ele de trabalho oufamiliar, é a mesma coisa que estar fumando ativamente".Por acreditar que vício é "algo particular", a publicitária Vanessa Fette, 39 anos, faz questão de fumar longe dos filhos. "Vou para a varanda", contou. Quando uma das três crianças se aproxima, ela logo apaga o cigarro. "Não quero prejudicá-los", disse.A atitude de Vanessa deveria se tornar um padrão, segundo Luizemir Lago. "Não queremos perseguir ninguém e sim conscientizar os usuários de cigarro que os fumantes passivos estão expostos aos mesmos riscos de quem fuma", explicou.