Em nota, juiz nega intenção política na Operação Castelo de Areia

27/03/2009 - 18h12

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, negou hoje (27), por meio de nota à imprensa, que o objetivo da Operação Castelo de Areia tenha sido político ou de investigar “ocupantes de cargos públicos ou funções políticas”.A Operação Castelo de Areia foi deflagrada na última quarta-feira (25) pela Polícia Federal e resultou na prisão de dez pessoas, entre elas, quatro diretores da construtora Camargo Corrêa, acusados de cometerem crimes financeiros e de lavagem de dinheiro.Na nota, o juiz ressaltou que as investigações “apuram o suposto cometimento de crimes apenas de investigados com profissões de natureza privada, notadamente de lavagem de dinheiro, tendo como antecedentes crimes contra a administração pública e crimes financeiros, perpetrados, em tese, mediante organização criminosa”.Durante a operação, a Polícia Federal encontrou indícios de superfaturamento em obras realizadas pela construtora e de doações não declaradas a partidos políticos. As interceptações telefônicas e de gravações ambientais feitas pela Polícia Federal apontaram a suspeita de que PPS, PSB, PDT, DEM, PP, PSDB e PS tenham recebido doações não contabilizadas da Camargo Corrêa.De acordo com o juiz, o momento exige “cautela e reflexão”, devendo-se evitar “conclusões precipitadas ou tendenciosas” antes do fim das investigações.