Polícia Federal procura mais quatro envolvidos em fraudes na Daslu

26/03/2009 - 15h14

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A Polícia Federal está à procura de mais quatro pessoas que tiveram prisão decretada pela juíza da 2ª Vara da Justiça Federal de Guarulhos, na Grande São Paulo, no processo em que os sócios da Daslu, loja de artigos de luxo, na região sul da cidade de São Paulo, foram condenados, em primeira instância, por crimes de sonegação fiscal, formação de quadrilha e falsidade ideológica. Dois deles estão foragidos, e a PF acredita que outros dois poderão ser presos a qualquer momento.Até o início da tarde, apenas três dos sete mandados de prisão tinham sido cumpridos. Pela manhã, foram presos a dona da loja, Eliana Tranchesi, o irmão dela, Antonio Carlos Piva de Albuquerque, que foi diretor financeiro da empresa, e Celso de Lima, dono da Multimport, acusada de ser a maior entre as importadoras envolvidas com a fraude.Em nota, a assessoria de imprensa da Daslu reproduziu um bilhete que Eliana escreveu logo após ser presa e que foi entregue à  sua advogada, Joyce Roysen. Nesse bilhete, a empresária afirmou que não vê sentido para estar presa  novamente e que não representa um perigo para a sociedade. Ela contou ainda que o caso, iniciado há três anos, provocou uma reviravolta na vida dela. “Fui presa por um crime tributário cujas multas já haviam sido lavradas e estavam sendo pagas.”, desabafou.Segundo a empresária, desde que o processo teve início, foi levada a fechar várias lojas e demitir 500 empregados, mas que muitos deles já estão sendo recontratados e as lojas estão sendo reabertas.A advogada de Eliana informou, no final da manhã, que vai entrar hoje à tarde com dois pedidos na Justiça – um referente ao habeas corpus para a imediata soltura da empresária e outro solicitando reconsideração da determinação judicial, que motivou a prisão.