DEM vai pedir à Justiça acesso a documentos da Operação Castelo de Areia

26/03/2009 - 14h45

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Democratas, deputado Rodrigo Maia (RJ), disse há pouco que o partido vai requisitar à Justiça de São Paulo todos os documentos referentes à Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, que resultou na prisão de quatro diretores e duas secretárias da empreiteira Camargo Corrêa, além de quatro doleiros, sob a  acusação de desviar  verbas de obras  públicas para abastecer ilegalmente contas no exterior e campanhas políticas. Se a documentação não for repassada, o DEM promete ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ter acesso a ela. Segundo as investigações, parte do dinheiro teria ido para políticos ligados ao DEM, PSDB, PPS, PSB, PDT, PP e PMDB.Rodrigo Maia criticou a forma “precipitada” como as informações sobre a operação foram divulgadas. Para ele, elas tiveram viés político e a intenção de desmoralizar o DEM perante a sociedade. “Não vamos nos intimidar. A forma como foram divulgadas, aos poucos, no decorrer do dia, não são corretas”, afirmou Maia.“Da forma como são publicadas, dá a entender que todas as doações são ilegais e isso não é verdade. Tudo isso gera desgaste e prejuízos ao partido, que vem se renovando”.Ele defendeu o partindo, dizendo que “todas as doações foram legais e estão aprovadas pela Justiça Eleitoral”. “Nosso partido não vai aceitar estar vinculado com esse tipo de problema. Queremos que isso fique claro. Para isso, é preciso que tudo seja divulgado”, disse Maia.Segundo o líder do DEM no Senado, Agripino Maia (RN), o envolvimento de seu nome no esquema investigado pela PF é uma forma de intimidação por causa de sua oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Não podemos concordar com insinuações maldosas que nos atingem”, disse. De acordo com a investigação, Agripino foi citado por executivos da Camargo Corrêa que discutiam doações de campanha.