Advogada afirma que prisão da dona da Daslu foi uma arbitrariedade

26/03/2009 - 1h59

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A advogada Joyce Roysen, contratada para a defesa da empresária Eliana Tranchesi, dona da loja de produtos de luxo Daslu, uma dasmais famosas do país, disse hoje (26) que a prisão da cliente dela foi “uma arbitrariedade”, em entrevista por telefone à Agência Brasil. Ela informou que até o final da tarde apresentará recurso à Justiça pedindo a revogação da prisão. Eliana foi detida de manhã pela Polícia Federal depois de ter sido condenada pela juíza da 2ª Vara Federal de Guarulhos, Maria Isabel do Prado, por sonegação fiscal.Além desse recurso, a advogada entrará com pedido de habeas corpus. Joyce questionou a decretação da prisão pela juíza, observando que a condenação ocorreu em primeira instância e cabe recurso no Tribunal Regional Federal (TRF) e no Supremo Tribunal da Justiça (STF). Até o final da manhã (26), ela ainda não havia tido acesso aos autos do processo, instaurado em 2003.Por meio de nota, ela considerou “absolutamente, injusta e desprovida de racionalidade” a condenação de Eliana Tranchesi. “Lamentamos que as pressões exercidas pela acusação desde o início do processo tenham obtido êxito ao induzir um julgamento errôneo”, salientou. A advogada disse que lamenta, principalmente o fato de a sentença ter sido acompanhada da determinação da prisão da empresária. Na sentença, a juíza também decretou a prisão do irmão da empresária, Antônio Carlos Piva de Albuquerque, diretor financeiro da Daslu em 2005 e, de Celso de Lima, dono da maior das importadoras envolvidas com fraudes, a Multimport, segundo nota do Ministério Público Federal (MPF).O procurador da República Matheus Baraldi Magnani, que ofereceu a denúncia sobre o caso de sonegação fiscal, dará mais detalhes sobre o assunto em entrevista coletiva marcada para as 14h, na sede da Procuradoria-Geral da República..