Ministro britânico diz que burocracia prejudica investimentos no Brasil

25/03/2009 - 21h43

Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Oministro britânico para Negócios, Empreendimentos e ReformaRegulatória, Peter Mandelson, afirmou hoje (25) que a burocraciabrasileira prejudica os investimentos no país. Ao falar num evento que reuniu empresários brasileiros e representantes de empresas do Reino Unido, Mandelson disse que a dificuldadepara se abrir ou fechar uma companhia no Brasil é uma das razões pelas quais osestrangeiros deixam de fazer negócios no país. “A burocracia é umabarreira aqui [no Brasil], tanto para os britânicos quanto para osbrasileiros”, afirmou.Mandelson esteve hojena sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)liderando a missão oficial que tem como objetivo aumentar osinvestimentos britânicos no Brasil. Na sua exposição, ele citou aredução dos entraves burocráticos como a primeira condição paraincremento dos negócios entre os dois países.Segundo ele, oBrasil e Reino Unido têm um grande potencial econômico. A economiabrasileira está  crescendo e tornando-se importante globalmente. Acordos entre os paísespodem facilitar investimentos, inclusive, para realização de obras paraa Copa de 2014, que será realizada no Brasil.O ministrobritânico disse ainda que na área da ciência e tecnologia os doispaíses também têm muito a colaborar um com o outro. Revelou que osbritânicos estão interessados na tecnologia da agropecuária brasileira ena engenharia para exploração de águas profundas. Os brasileiros, emcompensação, podem aprender com os britânicos a produção de bensambientalmente sustentáveis e de tecnologia de ponta. “Há muitasinergia para explorar”, disse.Para Mandelson, e acrise mundial reduziu, neste momento, a possibilidade de negócios entre os países. Mas acredita que o comércio mundial certamente seráuma das principais soluções para os problemas atuais, assim como oinvestimento em produção.Entre Brasil e Reino Unido, o comérciode produtos tem aumentado nos últimos anos. Dados apresentados porMandelson mostram que os comércio entre os dois países passou de 3bilhões de libras (cerca de R$ 9,9 bilhões), em 2007, para 4 bilhões delibras (cerca de R$ 13,2 bilhões) em 2008.