Supremo deve dar decisão autorizatória e não definitiva sobre extradição de Battisti, diz Tarso

24/03/2009 - 19h34

Ana Luiza Zenker
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Oministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou hoje (24) que não esperamudança no perfil das decisões do Supremo Tribunal Federal (STF)relativas a extradições, quando for julgado o caso do o ex-ativista e escritor italiano CesareBattisti.Tarso disse que, normalmente, o Supremo toma umadecisão, que autoriza ou não o pedido de extradição, deixando a decisãofinal sob juízo político do presidente da República. Ele afirmou nãoacreditar que esse perfil seja mudado por conta de pressão do governoitaliano. “Seria uma mudança puramente contingente em cima deum determinado fato em que o Brasil sofreu seguidas pressões deautoridades italianas, se manifestando inclusive de maneira descortês,e não acredito que esse tipo de pressão vá mudar a cabeça dos ministrosdo Supremo”, afirmou.No início de fevereiro,o governo da Itália entrou no Supremo com um mandado de segurança contra a decisão doministro da Justiça, Tarso Genro, que concedeu refúgio ao ex-militantecomunista, acusado de quatro assassinatos na década de 1970 e que foicondenado à prisão perpétua em seu país.