Participação dos títulos vinculados aos juros na dívida pública aumenta em fevereiro

24/03/2009 - 16h51

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Apesar do aumento da participação dos títulos prefixados, a Dívida Pública Mobiliária (em títulos) encerrou fevereiro com aumento da fatia dos papéis corrigidos pelos juros básicos. Segundo números divulgados há pouco pelo Ministério da Fazenda, a parcela dos papéis vinculados à taxa Selic passou de 36,21% para 36,46% no último mês.A proporção dos títulos prefixados (que têm o rendimento definido com antecedência) passou de 28,04% para 28,40%. O indicador, no entanto, está abaixo do registrado no segundo semestre do ano passado, quando oscilou entre 30% e 32%.A fatia dos títulos corrigidos pelos índices de preços caiu de 30,70% para 30,25%. A parcela da Dívida Mobiliária Interna vinculada ao câmbio ficou praticamente estável, passando de 3,43% para 3,31%.Esses percentuais levam em conta as operações de swap cambial, que funcionam como venda de dólar no mercado futuro.A emissão de títulos públicos é um mecanismo por meio do qual o governo pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar os compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional compromete-se a devolver o valor com uma correção que varia conforme o indexador dos papéis.Para o governo, é mais vantajoso aumentar a participação dos títulos prefixados porque os juros desses papéis estão definidos com antecedência, o que torna mais previsível a administração da dívida pública. A emissão desses papéis, no entanto, depende das boas condições do mercado. Quanto melhores as condições econômicas, mais facilmente o Tesouro consegue lançar esses títulos.Os títulos corrigidos pela Selic são vantajosos em momentos de queda nos juros básicos, como ocorre atualmente, mas pressiona a dívida pública para cima em momentos de alta na taxa básica.