Miguel Jorge é contra a prorrogação do prazo de redução do IPI para automóveis

23/03/2009 - 20h54

Ivy Farias
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O ministro doDesenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, MiguelJorge, afirmou hoje (23) que é contra a prorrogaçãodo prazo da redução do IPI (Imposto Sobre ProdutosIndustrializados) na compra de automóveis. O ministro, que sereuniu com o presidente Associação Nacional dosFabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), JacksonSchneider, disse que ainda não há cálculo sobrequanto o governo deixa de arrecadar com a redução do imposto. “ Estamos fazendo os cálculos,e ainda não existe nenhuma afirmação de que avolta do IPI [sobre os automóveis] trará desemprego”,disse.Anunciada no iníciode dezembro, a medida tem o objetivo de preservar empregos eestimular a economia no setor. A medida barateou temporariamente acompra de automóveis novos. Os carros de até 1.000cilindradas, que pagavam alíquota de 7% de IPI, ficaramisentos do tributo neste período.Para os carros de1.001 a 2000 cilindradas, a taxa caiu dos atuais 13% para 6,5%(gasolina) e de 11% para 5,5% (álcool e flex); de 2.000cilindradas em diante ficaram mantidas as alíquotas de 25%(gasolina) e de 18% (álcool e flex). No caso daspicapes até 1.000 cilindradas, consideradas veículosleves, a queda foi de 8% para 1% . O ministro Miguel Jorgetambém falou sobre a possibilidade do Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiar a vendade aviões da Embraer para a Aerolíneas Argentinas. “Senão fizermos isso agora teremos um problemas mais para afrente”, disse. O ministro doDesenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior tambémse encontrou hoje com a ministra do Comércio da Suécia,Ewa Björling. Após o encontro, a ministra disse que aRodada Doha está morta. “Vamos continuar lutando para queela [Rodada Doha]saia. Temos agora mudanças importantes como as eleiçõesna Índia, e esperar as novas atitudes do presidente Obama [dosEstados Unidos] que já passou para uma parte da crisefinanceira inter nacional”, afirmou. Miguel Jorge falou queo Brasil e a Suécia têm interesses comuns e defendem ofim do protecionismo. Ewa Björling lembrou que a Suéciaassumirá a presidência da União Européiade 1º de julho até 31 dezembro deste ano, e que lutarápela abertura dos mercados e atuará nas questões doaquecimento global e da mudanças climáticas.