Para ministro, anunciar prorrogação de redução de IPI antes do fim do prazo seria "tiro no pé"

20/03/2009 - 15h56

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, PauloBernardo, disse que seria "um tiro nopé" anunciar antes do final de março a prorrogação da isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para oscarros populares. O Ministério da Fazenda não confirma a prorrogação pois amedida perderia o efeito imediato de estimular o setor e a economia em crise,já que muitas pessoas poderiam postergar a compra do carro novo.Durante reunião do Conselho Nacional de SecretáriosEstaduais de Planejamento, em Brasília, o ministro não quis confirmar aprorrogação, mas também não negou. Só lembrou que, embora a medida tenhatrazido queda na arrecadação, foi um grande alento na produção industrial.“Se eu soubesse também não ia dizer porque essa é umamedida que fica a cargo do Ministério da Fazenda e também seria um tiro no péanunciar antes do dia 30 ou 31 de março. Acho que todo mundo entende comofunciona isso”, disse.Anunciada no início de dezembro, a medida tem oobjetivo de preservar empregos e estimular a economia no setor. A medida barateou temporariamente a compra deautomóveis novos. Os carros de até1.000 cilindradas, que pagavam alíquota de 7% de IPI, ficaram isentos do tributo neste período.Para os carros de 1.001 a 2000cilindradas, a taxa caiu dos atuais 13% para 6,5% (gasolina) e de 11% para5,5% (álcool e flex); de 2.000 cilindradas em diante ficaram mantidas asalíquotas de 25% (gasolina) e de 18% (álcool e flex).

No caso das picapes até 1.000 cilindradas,consideradas veículos leves, a queda foi de 8% para 1% .