Educação pode minimizar violência contra o idoso, defende pesquisador

19/03/2009 - 14h38

Da Agência Brasil

Brasília - Usar a educaçãocomo forma de prevenir a violência contra o idoso foi umadas propostas apresentadas pelos membros da mesa que debateu oenfrentamento à violência na 2ª ConferênciaNacional dos Direitos da Pessoa Idosa, que está sendorealizada em Brasília. “As criançasnão nascem com o preconceito, isso é uma coisa que elasadquirem durante a vida. Se elas aprenderem como valorizar o idosodentro e fora de casa desde pequenas, nós podemos valorizaressa criação. Quanto mais educação, menosviolência”, afirmou o pesquisador da Universidade de Brasília(UnB) Vicente de Paula Faleiros.O pesquisador também ressaltou que um tipo freqüente deagressão contra o idoso é a violênciaestrutural, caracterizada pela situação de pobreza eexploração. “Um exemplo é a garantia à Previdência social. Quando o Estado não facilita essasituação para o idoso, está claramentepraticando uma violência”, disse Faleiros.Os participantes damesa avaliaram  que o sistema de transporte e as próprias cidades do paísainda não estão adaptados para as pessoas idosas. “Éplenamente viável diminuir a violência contra os idososno trânsito, criando faixas e cursos de capacitaçãopara os motoristas, por exemplo”, exemplificou a representantedo Pará, Marilcéia Aguiar.Faleiros lembrou que outro tipo comum de violência contra os idosos é adiscriminação, inclusive daprópria família. “Esse tipo de violência fereprofundamente a dignidade da pessoa. Atualmente, 53% dos idosos dopaís dizem que já sofreram discriminação,o que é um absurdo. É necessário trabalhar naprevenção e mediação desse tipo deagressão” conclui o pesquisador.