Março será o mês da virada para geração de empregos no país, diz Lupi

18/03/2009 - 15h44

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Marçoserá o mês da virada para a criação deempregos no país. A afirmação foi feita hoje (18) peloministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, que se mostrou otimistaquanto à geração de postos de trabalho este ano. Segundo Lupi, o saldo de contratações comcarteira assinada no mês de março será de 100mil. De acordo com oministro, os fatores que sustentam essa previsão estãoligados ao aquecimento do mercado interno, que continua muito forte.Com o aumento do salário mínimo, os assalariados e osaposentados e pensionistas, que são vinculados a ele, colocamalguns bilhões no mercado e começam a comprar,explicou Lupi. “Os estoques começam, então, a baixare a gente começa a ver uma recuperaçãoconcreta.”Conforme dados doCadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em fevereirodeste ano, foram criados 9.179 postos de trabalho com carteiraassinada. No mês, foram contratadas 1,23 milhão depessoas e demitidas 1,22 milhão. Lupi admitiu que o saldo épequeno, mas ressaltou que em todo o mundo as empresas continuam ademitir trabalhadores. Em janeiro, o saldofoi negativo, com 101.748 trabalhadores demitidos. Em dezembro, asdemissões somaram 654.946 e, em novembro, 40.821. Outubro foio último mês no qual o saldo de contrataçõesfoi positivo, com a criação de 61.401 postos detrabalho. O setor de ensinofoi o que mais impulsionou o saldo para cima, com a criaçãode 35.389 vagas, o que representa crescimento de 3,02% em relaçãoa janeiro. Lupi explicou que isso se deve ao fato de ser feita emfevereiro, no início do ano letivo, a maioria das contrataçõesde professores. O setor de serviços de alojamento ealimentação também teve crescimentosignificativo, com 13.355 novos postos, o que significa alta de 0,29%em relação ao período anterior. A maior queda foinos setores ligados à indústria de transformação,com demissão de 56.465 trabalhadores. Nesse setor, o piordesempenho foi da indústria de material de transporte, com12.986 postos de trabalho a menos, uma queda de 2,61%. No setor demetalurgia, também continuaram as demissões: emfevereiro foram cortadas 12.001 vagas, o que representa queda de1,63%.