Condições de trabalho no Brasil são discutidas no encerramento do seminário da OIT

18/03/2009 - 21h22

Da Agência Brasil

Brasília - Representantesdo setor sindical, do governo e de empresas privadas se reuniram hoje(18), no último dia do seminário Trabalho e Família:Compartilhar é a Melhor Forma de Cuidar, para discutir ascondições de trabalho no Brasil e a desigualdade raciale de gêneros. Segundoa representante da União Geral dos Trabalhadores, CleoniceCaetano Souza, as condições de trabalho no Brasil aindasão precárias. “O empregador não temconsciência, assim como o governo, de que se nósestivermos unidos e mantivermos a condição detrabalho,o trabalhador não adoece e produz mais”, afirmou.Paraa coordenadora da área de igualdade de gênero e raçada Organização Internacional do Trabalho (OIT), SolangeSanches, a escassezde políticas públicas não sócontribuem para a composição deste cenário nopaís, como também, não resolvem os problemas dedesigualdade social e de gêneros. Deacordo com a economista do Departamento Intersindical de Estatísticase Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) Lúcia Garcia,entre 2001 e 2006, houve aumento do número de cláusulastrabalhistas relacionadas a eqüidade de gêneros. Por outrolado, houve redução daquelas relacionadas àigualdade racial. Duranteo encerramento do evento, promovido pela OIT, pela SecretariaEspecial de Políticas para as Mulheres (SPM) e pelo Fundo deDesenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher(Unifem), foi apresentado o documento final com as propostas queserão levadas para a 98ª Conferência Internacionaldo Trabalho (CTI), que será realizada em junho, em Genebra.Entreas ações descritas no documento, consta o debate amploda Convenção 156 da OIT, que recomenda a proteçãoaos trabalhadores com responsabilidade familiar.