Stephanes defende discussão mais profunda sobre efeitos da crise nos frigoríficos

17/03/2009 - 1h32

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro daAgricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes,defendeu hoje (17) uma discussão mais profunda sobre osefeitos da crise financeira internacional na indústriafrigorífica brasileira. Durante audiência públicana Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado,ele avaliou que ainda não é hora de levar o assunto aopresidente Luiz Inácio Lula da Silva.“Já sabemosquais são os reflexos da crise, mas existem muitas dúvidas.Não podemos adotar medidas gerais”. Segundo ele, o governoainda não definiu medidas específicas de socorro aosgrandes frigoríficos brasileiros. “O que sabemos éque o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico eSocial] está fazendo uma análise para saber o que estáacontecendo com os frigoríficos.”Stephanes destacou quea saída para o setor de carnes continua sendo o mercadoexterno. Ele disse que os recentes problemas de exportaçãoentre Brasil e União Européia reduziram as vendas parao exterior em dois terços. Mas, segundo o ministro, osentendimentos do ponto de vista sanitário “estãomuito bem” e os auditores que vieram ao Brasil inspecionar a cadeiaprodutiva “saíram satisfeitos”. “É verdade queos preços caíram, mas ainda estão acima dospreços históricos”, ele disse.