Jobim nega que abate de avião que caiu em Goiânia tenha sido cogitado

17/03/2009 - 18h46

Da Agência Brasil

Brasília - Oministro da Defesa, Nelson Jobim, negou hoje (17) que a ForçaAérea Brasileira (FAB) tenha cogitado abater o aviãoque foi roubado quinta-feira (12) de um aeroclube em Luziânia,no interior de Goiás, e caiu no estacionamento de umshopping center em Goiânia, capital do estado.

Segundoo ministro, funcionários da FAB o mantiveram informado sobre otrajeto do monomotor, que voou durante uma hora e meia, antes decair, matando duas pessoas. Jobim disse que foi descartada apossibilidade de interromper o vôo com tiros no avião,como autoriza a Lei do Abate.

“Nãohavia condições de abate, não haviapossibilidade de abate. O que estávamos verificandoinicialmente é que havia rasantes”, afirmou o ministro.

ALei do Abate, de 2004, autoriza caças da Aeronáutica aderrubar aviões que representem algum tipo de ameaça.Porém, de acordo com a força aérea, a lei sópode ser executada em casos de suspeita de tráfico de drogas.Jobim disse que a lei não foi aplicada no caso do monomotorroubado, porque não houve temor de que pessoas fossematingidas em terra.

“Nãohouve [temor], porque o que se estava tentando ver, o que seenxergava e o que o piloto do Tucano [avião fabricado pelaEmpresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), que acompanhou ovôo do monomotor] informava é que havia um sobrevôo,com uma certa imperícia, mas que havia sobrevôo.”

Deacordo com o ministro, o problema da queda naquele local estarialigado ao fato de a pessoa que conduzia a aeronave não sabermonitorar a distribuição do combustível de umaasa para a outra. “Não existe outro critério [parao abate] senão o critério legal”, afirmou.

Quantoà segurança nos aeroclubes, o ministro disse que cabe àPolícia Militar, é de responsabilidade estadual e nãofederal.

Jobimfez as declarações em Brasília, durantecerimônia de entrega de Medalhas de Mérito DesportivoMilitar a diversas personalidades.