Firjan quer alfabetizar 4 mil trabalhadores da indústria fluminense ainda este ano

14/03/2009 - 14h01

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), com o objetivo de erradicar o analfabetismo na indústria fluminense, está lançando o Programa Analfabetismo Zero, cujas aulas serão iniciadas em maio próximo.O programa utiliza a metodologia do TransFormar, projeto de alfabetização de jovens acima de 15 anos criado pelo Sistema Firjan em 1999 e que já alfabetizou cerca de 130 mil pessoas. O TransFormar recebeu a chancela do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) como um projeto de relevante interesse social.A gerente de Educação Básica do Sistema Firjan, Hozana Cavalcante, disse à Agência Brasil que o projeto tem o intuito de erradicar o analfabetismo apenas na indústria fluminense e não entre os jovens do estado.  “Ele é específico para o trabalhador da indústria.”Durante este mês, será feito um levantamento nas indústrias para identificar onde estão os analfabetos dentro do setor.  O presidente do Sistema Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, enviou carta às 9,5 mil indústrias fluminenses para buscar a adesão dos empresários. A proposta é que o programa seja realizado no decorrer de 2009.Embora o Ministério do Trabalho estime que existam 3.396 analfabetos na indústria fluminense, Hozana Cavalcante afirma que a Firjan trabalha com um número superior, prevendo que possa ter havido subnotificação. O setor que reúne o maior número de analfabetos é o da construção civil, que detém 42% do total. As aulas serão dadas dentro das próprias indústrias, em espaços cedidos pelos empresários. A implantação do projeto, a contratação de educadores e a supervisão pedagógica serão realizadas pelo Serviço Social da Indústria (Sesi/RJ), que se encarregará também do fornecimento do material didático. Não haverá custos para as empresas.Hozana afirmou que os benefícios para o trabalhador serão muitos. “O trabalhador precisa estar alfabetizado, não só por uma questão de melhoria nas condições de trabalho, porque a produtividade dele será maior, mas também  no que diz respeito à própria cidadania e à melhoria da sua qualidade de vida.”