Lupi diz que o mês de fevereiro teve saldo positivo de criação de empregos

13/03/2009 - 18h07

Lúcia Norcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - Oministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou hoje (13) quehouve uma reação positiva no mercado de trabalho, em fevereiro, com saldo de contratações maior que o de demissões. Os números, segundo ele, devem mostrar uma mudança em relação a dezembro de 2008 e janeiro último, quando as demissões superaram as admissões."Osdados com que o ministério trabalha não são depesquisas, são mensurados peloCaged [Cadastro Geral de Empregados e Desempregados]. Tivemosum mês de janeiro ainda negativo. Pulamos de 800 milcontratações em dezembro para 1,2 milhão emjaneiro – foram 400 mil empregos a mais. Só que tivemos 1,3milhão de demissões. Mas em fevereiro já tivemossaldo positivo”, disse Lupi, referindo-se aos números apresentados pela indústria nos últimos dias.Segundo Lupi, os números de demissões divulgados pelaindústria, principalmente os referentes ao estado de São Paulo,estão atrasados. Ele disse que esses númerosreferem-se aos últimos meses do ano passado. Paraele, a economia brasileira está sob controle. “Talveztenhamos os únicos bancos do mundo com solidez, créditoe sem altos índices de inadimplência. O sistemafinanceiro mundial faliu, os bancos estão sendo sustentadospelo dinheiro público, e no Brasil isso não acontece”.Oministro ressaltou, ao participar, em Curitiba, da inauguraçãoda nova sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 9ªRegião, que abrange o estado do Paraná, queo mercado interno está forte, o que faz o Brasil sediferenciar dos demais países. Para ele, a situaçãodeve se regularizar a partir de março, e o Brasil podesurpreender o mundo sendo o primeiro país a sair da crise e acrescer na economia e na geração de empregos."Porque as empresas que lucraram muito em 2008 não chamaram ostrabalhadores para dividir os lucros? Agora, num momento dedificuldades, a maior parte dos empresários acha que resolve asituação com demissão. Não é amaneira mais inteligente de agir”, afirmou.Carlos Lupi lembrou que, quandoestourou a crise, em setembro do ano passado, e nos meses de outubroe novembro, as empresas automobilísticas começaram ademitir. “Avisei que era um erro, porque teriam que contratar denovo, e isso já está acontecendo.Alémdisso, o ministro lembrou que o Brasil está vivendo uma criseque não criou. “Temos que saber passar por esse momento semfazer o trabalhador pagar a conta. Só a carteira assinada dádignidade”, concluiu.