Senado é transparente e não tem caixa preta, afirma Sarney

12/03/2009 - 1h44

Ivan Richard e Priscilla Mazenotti
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O presidente doSenado, José Sarney (PMDB-AP), minimizou hoje (12) osescândalos surgidos após sua eleição, pelaterceira vez, para a presidência da Casa. Ele defendeu que oSenado é transparente e o que vem ocorrendo desde fevereiroseria prova disso.“Não temcaixa preta nenhuma. Todas as nossas decisões sãotomadas à luz do dia, com a presença da imprensa. Háuma diferença muito grande entre o Poder Legislativo e oExecutivo e Judiciário, porque nossas decisões sãopúblicas e é por isso que sofremos essa críticapermanente”, argumentou o presidente do Senado.“Estamos sendo oboi de piranha”, disse Sarney. “Enquanto tudo passa, ficamos nafrente e os grandes problemas não estão surgindo. Estãose discutindo pequenas coisas”, completou o peemedebista.Desde a eleiçãode Sarney para a presidência do Senado, quatro episódiosmarcaram as discussões políticas na Casa. Primeiro, odiretor-geral do Senado, Agaciel Maia, deixou o cargo, após 14anos, devido a denúncias de que não teria declarado àReceita uma mansão, em Brasília, no valor de R$ 5milhões. Depois, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE)afirmou que integrantes do seu partido eram corruptos.Ainda surgiramproblemas relacionados à suposta má utilizaçãoda verba indenizatória pelos senadores. Por último,descobriu-se que o Senado gastou com o pagamento de horas extras aseus funcionários, em janeiro deste ano, durante o períodode recesso parlamentar, um valor entre R$ 6 a R$ 8 milhões.Perguntado se oSenado precisaria ser passado a limpo, Sarney se mostrou contrariado.“O que é ser passado a limpo. Quero defender o Senado. OSenado tem cumprido rigorosamente com todos os seus deveres. Estamosresolvendo mais que os outros [Poderes], mas nãopodemos evitar que ocorram desvios, como em todo lugar.”O presidente doSenado acrescentou que a Casa deve “implantar imediatamente” oponto eletrônico para controlar as horas extras dosfuncionários. “Uma coisa que já estápraticamente decidida é o ponto eletrônico para marcaras horas extras em relação aos funcionários dosgabinetes. Cada senador vai controlar os funcionários. Essa éuma decisão da primeira-secretaria que eu estou completamentede acordo.”