Relatório do Ibama revela redução dos índices de desmatamento no Amazonas

12/03/2009 - 15h43

Amanda Mota
Repórter da Agência Brasil
Manaus - Umrelatório de atividades apresentado hoje (12) pelo InstitutoBrasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis(Ibama) aponta redução no índice dedesmatamento no Amazonas em 2008, em comparaçãocom o ano anterior. Na comparação com os demais estados da Amazônia, o Amazonas temo quarto melhor resultado, ficando atrás do Amapá,Tocantins e Acre. Pará, Mato Grosso e Maranhão tiveram os piores resultados.De acordo com o relatório, no anopassado, o Amazonas registrou 479 km² de desmatamento contra 610km² em 2007.O total da área desmatada em 2008 também representa o melhor resultado dosúltimos cinco anos no estado: houve 30,7% a menos em comparação com o ano de 2003, quando oIbama registrou quase 1,6 mil km² de terras degradadas. Segundoo superintendente do Ibama no Amazonas, Henrique Pereira, a reduçãoda área desmatada no Amazonas revela o bom desempenho dasações de controle e fiscalizaçãoambiental. “Somos um estado florestal, e a manutençãoda nossa floresta é a principal meta”, ressaltouPereira.Em 2008, entre os estados da Amazônia, o que mais desmatou foi o Pará, com 5.180 hectares, seguido por MatoGrosso e Maranhão, com 3.259 ha e 1.085 ha,respectivamente. Na opinião de Henrique Pereira, o controleambiental nesses estados é mais difícil do que noAmazonas, pela presença, sobretudo, derodovias.“Diferentemente do Amazonas, o Pará temmalha viária extremamente significativa e a equação estrada e desmatamento é muito conhecida. Imagino que sejamais difícil controlar o desmatamento numa região emque o processo de ocupação humana e o surgimento denovas estradas, cidades e empreendimentos se dá muito maisintensamente que no caso do Amazonas”, considerou.Orelatório de atividades do Ibama no Amazonas revela ainda queforam aplicados 1.054 autos de infração em 2008, o queequivale a uma arrecadação de R$ 583 milhões. Emtermos de áreas, foram embargados mais de 70 mil ha. Com oembargo, o proprietário das terras consideradas ambientalmenteirregulares fica proibido de usá-las até acompleta regularização. De acordo com o relatório, o Ibama promoveu seis mesesde operações de campo no ano passado no Amazonas. Amaioria das denúncias recebidas pelo instituto referia-se a casos dedegradação ambiental e de crimes contra a fauna.Paraeste ano, a expectativa do Ibama no Amazonas é garantirrecursos para a fiscalização ambiental e que hajaconcurso público para contratação de novosservidores.