Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Dados divulgados hoje (12) pelo pelo Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea), relativos ao indicador mensal Sensor Econômico de fevereiro, mostram que dentro de cenários que variamentre +100 e -100 (onde quanto mais baixa a pontuação mais próximo daadversidade se mostra o setor) que o agravamento da crise noexterior não alterou significativamente a expectativa de empresários etrabalhadores.O indicador revela que caiu de6,78 pontos para 4,36 pontos – uma variação de 1,2%. “Isto significa que empresáriose trabalhadores não esperam variações importantes no cenário econômico e socialdo país, embora continuem preocupados”.O presidente do Ipea, Marcio Pochmann, disse  que "as informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) relativas à quedado PIB, no último trimestre do ano, termina não contaminando as expectativasporque, de certa maneira, elas refletem uma realidade do final do passado, quenão se apresenta de forma precisa neste início de ano”. Para o economista, apesar do quadro internacional e do aprofundamentoda recessão em diversos países, em razão da crise financeira, asexpectativas do setor produtivo brasileiro se mantiveram no mesmo grau de apreensão. “Não há ainda nenhuma mudança drástica, seja para melhor ou parapior”.O Sensor Econômico - umapesquisa feita junto a 115 entidades de trabalhadores e empresários de diversossetores da economia – indica que a média do setor produtivobrasileiro acredita que o PIB do país crescerá acima de 1,6% este ano.