Governo quer aumentar calado do Porto de Itajaí

12/03/2009 - 12h21

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Após aconclusão da retirada emergencial de entulho do Porto deItajaí (SC), por causa da enchente que atingiu a regiãono final do segundo semestre de 2008, o governo quer começaruma dragagem de aprofundamento do calado. Antes das chuvas, aprofundidade a que se encontra o ponto mais baixo da quilha de umaembarcação era de 11 metros. Com a nova licitação,ela deve chegar a 14 metros.

O ministro da Secretaria Especialdos Portos, Pedro Brito, admitiu hoje (12) que há uma certademora na dragagem emergencial do porto, mas avaliou que épreciso tempo, uma vez que o local foi “gravemente prejudicado”.“Não é uma coisa instantânea”, afirmou, aoparticipar de entrevista a emissoras de rádio durante oprograma Bom dia, Ministro.

Ele lembrou que dois dos quatroberços (local de atracação) do Porto de Itajaíforam completamente destruídos pelas chuvas e que o estragoprovocou um grande assoreamento. Brito destacou que há trechosonde o calado é de apenas 5 metros e outros onde ele chega ater 15 metros, por conta dos buracos e do conseqüentedeslocamento de areia.

A expectativa do governo éque o porto volte a ter profundidade de 11 metros até o finalde março ou início de abril.

Em relação aoposterior aprofundamento do calado, Brito afirmou que já estásendo providenciado o licenciamento ambiental. O ministro alertou,entretanto, que as chuvas no estado ainda não cessaram e que oRio Itajaí-Açu continua trazendo sedimentos de outraspartes, aumentando o assoreamento e dificultando as obras.

O Porto de Itajaí éconsiderado o maior em termos de exportação de itensfrigorificados da América Latina e o segundo maior naexportação de contêineres. Desde que teve asinstalações destruídas pela enchente, osprejuízos foram estimados entre US$ 30 milhões e US$ 35milhões por dia. Os cálculos não incluem asperdas causadas às empresas vinculadas aos serviçosportuários na região.