Servidores da presidência do Senado terão que devolver dinheiro de horas extras

11/03/2009 - 15h26

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os servidores da presidência do Senado que receberam horas extras durante o recesso parlamentar terãode devolver o dinheiro aos cofres públicos. A determinação foi dada hoje (11) pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).Para ele, os outros funcionários do Senado que receberam o benefício também deveriam devolvero dinheiro como forma de impedir impactos negativos na imagem dainstituição.“Mandeique fosse estornado da folha de pagamento o que os funcionários do meugabinete receberam. Nós devemos tomar medidas que sejam efetivas e atémesmo radicais. Não quero dar conselho a ninguém, mas acho que seria amelhor maneira de erguer a imagem do Senado. Seria uma boa solução paratodos nós”, disse.Mesmoassim, Sarney disse não ser contra o pagamento de horas extras para osservidores que efetivamente trabalharam além da hora durante o mês de janeiro. “A hora extra não é errada, há funcionários que trabalham até oito, dez da noite. O que é errado é receber hora extra sem trabalhar”, afirmou. "Espero que isso não seja um foco paraa imagem ruim da Casa”, acrescentou.Paraevitar mal-estar e desgaste com pagamentos irregulares do benefício,Sarney determinou que os chefes de gabinete de todos os 81 senadoresestabeleçam uma lista dos funcionários que podem receber horas extrasde acordo com “a dinâmica do trabalho” que executam. O Senado gastou mais de R$ 6 milhões com o pagamento de horas extras a 3,8 mil funcionários em janeiro,período de recesso parlamentar, quando não são realizadas sessões,reuniões ou votações de matérias. O pagamento foi autorizado pelo então1º secretário do Senado, Efraim  Morais (DEM-PB), três dias antes de deixar o cargo.