Produção das usinas do Rio Madeira poderá reduzir preço da energia em todo o país

11/03/2009 - 21h48

Luana Lourenço
Enviada Especial
Porto Velho - Aentrada em operação das usinas do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira– a partir de 2012 – poderá reduzir o preço da energia elétrica em todoo país. Em Rondônia, o impacto será maior porque a integração do estadoao Sistema Interligado Nacional vai permitir a substituição da energiatérmica, pelo menos quatro vezes mais cara que a hidráulica. Deacordo com o diretor do departamento de monitoramento do setor elétricodo Ministério de Minas e Energia, Robésio Maciel, cerca de 800megawatts de energia das usinas serão disponibilizados para Rondônia.“O suficiente para garantir atendimento energético por mais de umadécada”, afirmou hoje (11). Para o restante do país, a queda dopreço da energia será reflexo da redução da cobrança da conta deconsumo de combustíveis (CCC). Gerida pela Eletrobrás, a CCC é umencargo que subsidia a compra de combustíveis usados na geração térmicade energia em localidades que não fazem parte do sistema interligadonacional (conhecido como linhão), situadas principalmente na Região Norte.“É umsubsídio pago por todos os consumidores para beneficiar quem está fora do linhão. Coma integração de Rondônia, essa cobrança vai diminuir e a tendência éque o preço final da energia caia”, destacou Maciel. A Termonorte,principal responsável pelo abastecimento de Porto Velho, capital doestado, também será integrada ao linhão. Maciel participou deentrevista coletiva com representantes do governo federal paraantecipar a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que amanhã(12) visitará os canteiros de obras das duas usinas do Complexo doMadeira. Lula também irá conhecer um projeto de capacitação detrabalhadores, parceria entre o governo, a construtora NorbertoOdebrecht e o Sistema S, e entregará escrituras a moradores de um bairropopular da capital rondoniense.