Governo não subestimou a crise, diz Dilma Rousseff

11/03/2009 - 15h02

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A ministra-chefe daCasa Civil, Dilma Rousseff, afirmou hoje (12) que o governo nãosubestimou a crise econômica mundial e tomou inúmerasmedidas para combater seus efeitos no país. Para ela, o Brasiltem condições de ter crescimento positivo neste ano,apesar da turbulência econômica. Dilma tambémrechaçou a idéia de criar um grupo exclusivo paracuidar da crise, como quer a oposição. “Nãoexiste isso. O governo inteiro está comprometido com o combateà crise. Essa proposta de gabinete de crise é de quemnão segurou a barra e teve apagão”, disse a ministra,referindo-se ao governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Acho que tem gentepessimista demais, pessimista além da conta. Temos que tercuidado ao lidar com isso, porque um dos mecanismos de transmissãoda crise internacional foi a expectativa”, afirmou Dilma. Segundoela, a expectativa dos mercados gerou medo e pânico, o queimpulsionou a crise econômica.Após participarde reunião do Conselho Permanente da ConferênciaNacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dilma citou algumas açõestomadas pelo governo para combater a crise. “Se o governo estivessesubestimado a crise, por que teríamos prontamente reagido aela, com um conjunto de medidas absolutamente claras, que atacou afalta de liquidez, a questão do crédito e ofinanciamento externo.”A ministra lembrouainda outras medidas tomadas pelo governo para enfrentar a crise.Entre elas, a transferência de R$ 100 bilhões para oBanco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), agarantia dos investimentos da Petrobras, a ampliação doPrograma de Aceleração do Crescimento (PAC) e a reduçãodo Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros e doImposto de Renda.Dilma acrescentou que asituação do país não poderia sercomparada a de países desenvolvidos, porque o Brasil temfundamentos econômicos mais sólidos.