Gabrielli admite queda nos preços de combustíveis dentro de quatro meses

11/03/2009 - 18h24

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, admitiu hoje (11), em entrevista à TVBrasil, que a estatal poderá reduzir os preços do diesel e da gasolinacomercializados no mercado interno se os preços do barril do petróleo e o câmbio se mantiveram estáveis nos patamares atuais por um prazo de três a quatromeses.Gabrielli esclareceu porém que, para a queda nos preços, não bastaráapenas que o preço do barril do petróleo de mantenha no patamar atual em tornodos US$ 40 o barril.“Não é só uma questão do preço do barril do petróleo estarabaixo ou acima dos US$ 40. É necessário, também, que se observe o preço dagasolina e, essencialmente, a taxa de câmbio daqui a três meses. Se essas trêscircunstâncias de hoje se mantiverem, provavelmente, em três a quatro meses,se se olhar o mercado futuro, provavelmente o preço da gasolina e o preço dodiesel terão que se ajustar no mercado brasileiro”.O presidente da Petrobras esclareceu, na entrevista, que não é só uma questão de ser ou não possível que ospreços (dos derivados) caiam, mas sim “da necessidade de redução de preços, sehouver uma estabilidade dos preços internacionais [do petróleo] e do câmbio”.“Não há como você descolar, em uma situação de estabilidade,o mercado brasileiro do preço internacional e do câmbio”, justificou.Depois de quase três anos sem reajuste, os preços dagasolina e do diesel subiram, respectivamente, 10% e 15%, em 2 de maio de 2008. Na ocasião, os preçosdo barril do petróleo no mercado externo estavam na faixa dos US$ 140 – bem acimados US$ 40 cobrados hoje, em média.