Retração do PIB não afeta otimismo de representante do mercado financeiro

10/03/2009 - 20h47

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Apesarda queda de 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no quarto trimestredo ano passado, o presidente da Associação Nacional dasInstituições do Mercado Financeiro (Andima), AlfredoNeves Penteado Moraes, mantém o otimismo em relaçãoà evolução da economia brasileira neste ano. “Eusou um otimista no mercado”, afirmou Moraes.Segundo ele, para os pessimistas, ocrescimento do PIB (soma dos bens e riquezas produzidos no país)este ano será igual a zero. No entanto, os otimistas, entre osquais ele se inclui, prevêem expansão em torno de 2%. Moraes disse que esse otimismo estábaseado em fatos concretos. Um deles é que o mercado internobrasileiro não foi profundamente afetado pela criseinternacional. “Temos, então, o mercado interno para fazer oredirecionamento da produção”. O presidente da Andima ressaltou queexiste demanda. “O que a gente precisa fazer agora é mudarum pouco o mix e colocar os produtos no mercado interno.”

Para ele, foi fraco ocrescimento de 1,3% do PIB registrado em relação aomesmo trimestre de 2007. “Foi pouco. Apesar de ser um númeromuito ruim, algumas pessoas já imaginavam um cenáriofraco para o último trimestre, em função daparadeira geral que deu na indústria”, explicou.

Moraes lamentouespecialmente a retração de 9,8% nos investimentos dasempresas, que, segundo ele, “deixa todo mundo um pouco maispreocupado em relação ao ano de 2009”. Ele ressaltou,entretanto, que não se trata de nada desesperador. “Éum sinal que preocupa, mas não é desesperador.”