De Sanctis nega que esteja sendo investigado pela Corregedoria da Justiça Federal

10/03/2009 - 11h46

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo e responsável pelos processos da Operação Satiagraha da Polícia Federal, negou por meio de nota que esteja sendo “objeto” de investigação da Corregedoria da Justiça Federal e que seja parte de um “consórcio” com a polícia e o Ministério Público, que teria sido criado durante a Operação Satiagraha, conforme denúncia veiculada nesta semana pela revista Veja.“Em momento algum este magistrado foi objeto ou está sendo objeto correcional por atuar em ‘consórcio’ com esta ou aquela instituição ou parte”, diz o juiz em nota. De Sanctis ainda critica a matéria da revista Veja. A reportagem afirma que o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz investigou e espionou indevidamente pessoas como a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o governador de São Paulo, José Serra, o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso. Segundo o juiz, as denúncias levantadas pela revista são “imprecisas”.Apesar de defender a liberdade de imprensa, o juiz afirma que “matéria jornalística não pode servir de lastro para conclusões judiciais, à exceção dos casos de crime contra a honra ou de ações civis indenizatórias”. O juiz Fausto De Sanctis foi o responsável pelos dois mandados de prisão contra o banqueiro Daniel Dantas, que foi solto nas duas oportunidades com os habeas corpus concedidos pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.Já em seu blog na internet, o delegado Protógenes Queiroz se defendeu das acusações da revista dizendo que a matéria é “mentirosa”. “Não é a primeira vez que estamos diante de fatos semelhantes publicados de forma bandida e irresponsável”, diz o delegado, perguntando-se: “A quem interessa esse fato?”.O delegado também negou que tenha investigado a ministra Dilma Rousseff, o ex-ministro José Dirceu, o chefe de gabinete da Presidência da República Gilberto Carvalho, o senador Heráclito Fortes, o senador Antonio Carlos de Magalhães Neto e o ministro Mangabeira Unger. Ele afirmou que pretende recorrer à Justiça para corrigir os excessos da matéria, que o delegado chama de "mentirosa e travestida de reportagem”.