Ministério e Incra garantem que não há irregularidade em repasses de recursos públicos

06/03/2009 - 19h14

Ana Luiza Zenker
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) afirmaram, em nota, que a colaboração de entidades públicas e privadas para a realização da reforma agrária é “fundamental e recomendada internacionalmente, inclusive pelo Tribunal de Contas da União (TCU)”. Em resposta às afirmações do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, criticando o repasse de verba pública para movimentos que ocupam terras e “cometem ilícitos”, os dois órgãos ressaltaram que os convênios firmados colaboram para dar capilaridade à rede de serviços, estimular a participação da sociedade e reforçar a colaboração federativa no campo.“A ampliação da rede prestadora de serviços permitiu aumentar, entre outros, o número de famílias atendidas por serviços de assistência técnica de 196 mil, em 2003, para 1,2 milhão de famílias, em 2008”, exemplifica a nota.O ministério e o Incra também ressaltaram que todos os convênios firmados são auditados regularmente e que qualquer irregularidade em algum deles acarreta sua suspensão e a devolução dos recursos investidos. Além disso, a nota também afirma que as entidades “citadas em reportagens jornalísticas e declarações recentes” têm pequena participação nos convênios (0,92% dos firmados entre 2003 e 2008 e o equivalente a R$ 22,59 milhões) e não tiveram qualquer valor empenhado em 2008 ou 2009. “Não há qualquer sentido, portanto, em associar conflitos agrários ocorridos recentemente com a existência de convênios com estas entidades”, acrescenta o documento.