INC analisa resíduos da explosão ocorrida na Polícia Federal em Manaus

06/03/2009 - 14h42

Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A equipe de peritos criminais federais encarregada de investigar a explosão ocorrida dia 27 de fevereiro na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Manaus já está em Brasília com as três caixas de materiais colhidos no local. Os exames já estão sendo realizados no Laboratório de Análises Químicas do Instituto Nacional de Criminalísticas. As conclusões sobre as circunstâncias e o motivo da explosão devem sair no prazo de um mês. Segundo o presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Octavio Brandão, apesar de pequenas, as  três caixas darão condições de reconstituir a dinâmica da explosão a partir dos resíduos colhidos. “São fragmentos de móveis, paredes, divisórias, cacos, ferramentas, plásticos, papéis, substâncias brutas não identificadas e materiais que podem impregnar material explosivo”, explicou Brandão.Para a análise das substâncias e das partículas e resíduos sólidos impregnadas de material explosivo poderá ser utilizado o  Microscópio Eletrônico de Varredura, do laboratório de Balística do INC, um dos aparelhos mais modernos do mundo, com capacidade de ampliar em até 300 mil vezes os vestígios analisados.Ontem (5), o chefe da equipe de peritos, Antônio Carlos Mesquita, havia informado que a bomba d'água que, segundo testemunhas, estava sendo manipulada pelos peritos momentos antes da explosão foi encontrada intacta e que a hipótese de ela ter sido o catalisador da explosão foi descartada. Segundo o presidente da APCF, havia no local outros materiais que estavam sendo examinados pelos peritos no momento da explosão, e “um desses certamente se tratava de um artefato explosivo, possivelmente, uma bomba para pesca”.