Em cinco anos, produtos e serviços para mulheres subiram mais que inflação

06/03/2009 - 20h09

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Levantamento divulgado hoje (6) pelo InstitutoBrasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas(Ibre/FGV) constatou que alguns dos serviços muito demandadospelas mulheres subiram acima da inflação, entre março de 2004 a fevereiro deste ano. É o caso do salão debeleza, por exemplo, cujos serviços subiram 32,05%, contra uma inflaçãoacumulada de 17,66% nesses cinco anos. O coordenador da pesquisa, André Braz,disse à Agência Brasil que alguns itens muitoconsumidos pela população feminina, como bijuterias,também subiram mais que a inflação médiado período. O aumento do artigo, no período, foi de 31,45%.“Isso mostra que manter a boa aparência e o visual em dia temum custo para as mulheres”, ressaltou, complementando que “avaidade tem um custo muito elevado”. A solução sugerida pelo economistada FGV, principalmente nos dias atuais de crise internacional, éusar a criatividade para fugir um pouco desses aumentos. “Produçõesem casa, boa imaginação, até mesmo bijuteriasfeitas artesanalmente, nas horas de folga, valem para manter ovisual atualizado, sem pagar mais caro por isso.” Do total de 21 itens mais consumidos pelasmulheres, pesquisados pela FGV em função do Dia Internacionalda Mulher, que se comemora no próximo dia 8, a maior alta foiconstatada em flores e plantas naturais (39,78%) e a menor (1,91%) emabsorventes higiênicos. A pesquisa revela também quehouve deflações no período. Os agasalhosfemininos, roupas femininas para prática esportiva e esmaltepara unha apresentaram taxas negativas de 18,23%, 7,12% e 0,89%,respectivamente. Nos últimos 12 meses, o levantamentoregistrou as maiores altas em cintos e bolsas (9,52%), flores eplantas (8,92%), blusa feminina (7,82%) e bijuterias em geral(7,74%). Já a inflação no período, medidapelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) daFGV, foi de 6,15%. No mesmo período, a maior deflação apurada foi a do tênis feminino (- 6,53%).