Presidente da Infraero quer que empresa atue no exterior

05/03/2009 - 20h20

Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A possibilidade de a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) poder vir a atuar em outros países, foi defendida hoje (5) pelo presidente da estatal, o tenente-brigadeiro-do-ar Cleonilson Nicácio Silva. Ele avaliou que a companhia está no níveldas maiores empresas do setor no mundo. SegundoNícário Silva, já foram feitas “váriasconsultas” para a companhia atuar na África, no continenteamericano ou até mesmo na Europa, em consórcio com umagrande empresa brasileira.De acordo o presidente da Infraero, alei que criou a estatal e impede suas operações noexterior poderá ser modificada com a reestruturação do órgão, que deverá ser proposta por uma empresa de consultoria, a ser contratada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).Em contrapartida, Nicácio Silva apoiou a possibilidade de queempresas estrangeiras também possam atuar em infra-estruturaaeroportuária no Brasil.O presidente daempresa e o secretário de Aviação Civil doMinistério da Defesa, Jorge Godinho Nery, negaram que areestruturação da Infraero possa alterar o processo deconcessão dos aeroportos de Viracopos, em Campinas (SP), ou doGaleão–Antônio Carlos Jobim, no Rio deJaneiro.Quanto à polêmica da operaçãode mais vôos no Aeroporto Santos Dumont (no centro do Rio),Nicácio Silva minimizou as declarações dogovernador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral,  que ameaçou retaliar a decisãoda Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)retirando o subsídio do ICMS dos combustíveis para aviõese ameaçando não conceder a renovação dalicença ambiental do Santos Dumont.Para o presidenteda Infraero os aeroportos têm “vocaçõesdiferentes”. Ele afirmou que “não haverá caos noSantos Dumont” nem haverá esvaziamento do Galeão.“Não deixaremos o Galeão ser esvaziado nunca mais”,prometeu.