Coordenação política avalia que criação de CPI sobre fundos de pensão perdeu força

03/03/2009 - 22h01

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo avaliou hoje (3) que a proposta de criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os fundos de pensão das estatais estáperdendo força. Esse foi um dos temas da reunião de coordenaçãopolítica, liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Duranteo dia, o ministro de Relações Institucionais, José Múcio, conversou comparlamentares do PMDB para demover o partido da idéia, inclusive odeputado Eduardo Cunha (RJ), autor da proposta. No final dodia, a avaliação do governo era de que a proposta “dormirá menos fortedo que acordou”, conforme fontes do Planalto. O governo adotou oposicionamento de que a CPI poderá atrapalhar a análise e votação dematérias relacionadas à conjuntura econômica e à crise financeiramundial.A criação da CPI surge depois das divergênciaenvolvendo mudanças na direção da Fundação Real Grandeza, o fundo depensão dos empregados de Furnas.Na coordenação política, outroassunto em pauta foi o plano para a construção de um milhão de casaspopulares até 2010, ainda em fase de ajustes, coordenados pelaministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. A previsão, conforme asmesmas fontes, é que o presidente Lula anuncie o pacote de medidasdepois da viagem aos Estados Unidos, entre os dias 16 e 18 deste mês. Areunião de coordenação marcou também a volta ao trabalho dovice-presidente José Alencar – 36 dias após a cirurgia para retirartumores na região abdominal. O retorno foi comemorado por Lula que, encenando uma quebra de braços com Alencar,brincou que Alencar estava mais forte que ele.