BNDES financia expansão de projetos de bauxita e alumina no Pará e Maranhão

04/03/2009 - 21h24

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Um financiamento adicional de R$ 950milhões à Alcoa Alumínio, para a realizaçãode projetos de expansão da produção de bauxita ede alumina nos estados do Pará e Maranhão foi aprovadohoje (4) pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico eSocial (BNDES). Em 2007, o BNDES aprovou empréstimo no valorde R$ 1,15 bilhão para a companhia, cujo investimento totalchega a R$ 9,7 bilhões na região.

O gerente doDepartamento de Indústria de Base, da Área de InsumosBásicos do BNDES, Rodrigo Mendes, explicou que parte do novofinanciamento, correspondente a R$ 750 milhões, seráinvestida na infra-estrutura logística que permitirá aexploração de bauxita na mina situada no municípiode Juriti (PA). A produção inicial de bauxita seráde 2,6 milhões de toneladas ao ano.

“Essa bauxita vai serdirecionada para a expansão da Alumar, no Maranhão”.Do total do empréstimo aprovado hoje pelo BNDES, R$ 200milhões serão aplicados na instalação dasegunda refinaria do Consórcio Alumar, que tem a participaçãoda Alcoa. Rodrigo Mendes informou que, como resultado, a produçãode alumina vai passar de 1,4 milhão de toneladas/ano para 3,5milhões de toneladas/ano. “Quer dizer, vai mais do quedobrar a produção”, disse.

Até o final doano passado, o projeto de bauxita, em Juriti (PA), havia gerado 300empregos diretos e cerca de 8,3 mil indiretos. Já o projeto doConsórcio Alumar responde pela criação de 13 milpostos de trabalho diretos e indiretos.

O Grupo Alcoa éum dos principais produtores mundiais de alumínio e estápresente em 44 países. Rodrigo Mendes destacou que os doisprojetos representam, aproximadamente, metade dos investimentos daAlcoa do mundo.

“Então, elamanteve os investimentos no Brasil. No mundo, teve uma revisãopara baixo dos investimentos e algumas demissões. Mas, noBrasil, isso não aconteceu”. Em janeiro deste ano, a Alcoaanunciou um plano de dispensa de 13% da força de trabalho nomundo para enfrentar a crise internacional, o que equivale a 13,5 milempregados. Os investimentos globais seriam reduzidos em 50%, tambémdevido à crise.