Líder do PSDB defende fim da verba indenizatória com equiparação de salários

03/03/2009 - 12h26

Ivan Richad
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O líder do PSDBna Câmara, deputado José Aníbal (SP), defendeuhoje (3) o fim da verba indenizatória, recurso a que cadaparlamentar tem direito mensalmente no valor de R$ 15 mil para gastoscom alimentação, assessoria e combustível. Parao tucano, a opção seria equiparar os saláriosdos deputados com o dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF),atualmente em R$ 24,5 mil, e assim acabar com o pagamento da verbaindenizatória.“Vamos extinguir averba indenizatória, por todo o trabalho que ela dá.São milhares de notas que tem que ser checadas”, afirmou olíder. “A equiparação é uma alternativaviável. Íamos economizar metade da verbaindenizatória”, completou. No mês passado, a Câmara decidiu divulgar na internet, a partir de abril, as notas com os gastos dos parlamentares. Segundo o tucano, com aeconomia da verba indenizatória daria para se construir 21 escolas técnicas, porexemplo. Em uma legislatura, calculou, poderiam ser construídastrês por estados. “Temos que pensar dessa forma, muitoprática, e essa coisa de efeito cascata é conversafiada. A opinião pública está atenta e o que temque se fazer é extinguir essa verba nos estados também”,ponderou Aníbal referindo-se à possibilidade de asassembléias reajustarem os salários após opossível aumento na Câmara Federal.Para o lídertucano, é preciso discutir a matéria de forma séria.“Sou inteiramente a favor da divulgação das notas edefendi isso em reuniões da Mesa Diretora. Agora, o que tenhodito também é que essa verba indenizatóriasempre deixa uma névoa, uma certa suspeiçãosobre o uso que se faz dela. Mesmo com a divulgação denotas”, argumentou.“Se mesmo com adivulgação de notas não há atransparência requerida e necessária, é precisoacabar com a verba indenizatória, e não é paracriar favores, ao contrário. Você incorpora uma partedela ao salário [dos parlamentares], e épossível incorporar a metade, e a outra metade volta para oTesouro, para o governo e para o Orçamento.”De acordo com JoséAníbal, se a Câmara aprovar o fim do pagamento da verbaindenizatória o exemplo deveria ser seguido também portodos os estados.