Encontro em Brasília faz balanço dos quatro anos do projeto Conexão de Saberes

02/03/2009 - 14h43

Da Agência Brasil

Brasília - Representantes do Ministério da Educação, de universidades federais e da organização não-governamental Observatório das Favelas se reúnem a partir de hoje (2), em Brasília, para avaliar os resultados do projeto Conexão de Saberes, que oferece bolsas de iniciação científica a estudantes de baixa renda, matriculados em instituições federais de educação superior.Desde 2005, quando o projeto foi criado no Rio de Janeiro, universidades públicas vêm selecionando alunos para que eles desenvolvam atividades de extensão em comunidades carentes. Segundo a coordenadora do Conexão de Saberes, Leonor Franco, o objetivo é possibilitar que o estudante permaneça na universidade sem perder o contato com a comunidade de origem. “É um público novo que entra na universidade e acaba renovando o oxigênio da instituição”, destacou.O projeto já foi implantado em 33 universidades públicas de todos os estados brasileiros e conta com a participação de 2,2 mil alunos de graduação. “O programa é extraordinário em termos de resultado, não só da inserção desses meninos como lideranças das suas comunidades, como também colocar a pauta de ações afirmativas nas suas universidades", acrescentou a coordenadora.A Universidade de Brasília (UnB) é uma das instituições federais que participam do Conexão de Saberes. No total, 25 bolsistas desenvolvem fazem trabalhos de interlocução entre os moradores e instituições das comunidades populares e a universidade. "Vamos fazer uma seleção agora em março e selecionar novos bolsistas do Conexões de Saberes", informou a coordenadora do projeto na UnB, Fátima Makiuchi.O seminário vai até quinta-feira (5). Além de avaliar as atividades do programa, o encontro tem o objetivo de preparar uma agenda de ações afirmativas das universidades federais para o período até 2011. “Esse seminário está avaliando a pauta de ações afirmativas que foi colocada nas universidades até hoje e as conquistas que tivemos durante esses anos desde a instalação do programa”, afirma Leonor.