Comissão de Direitos Humanos da Câmara protesta pelo fechamento de escolas do MST

19/02/2009 - 21h31

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Comissão de Direitos humanos da Câmara divulgou nota oficial expressando "espanto e indignação" pelo fechamento de escolas itinerantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), no Rio Grande do Sul. A nota foi assinada pelo presidente da comissão, deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS).Segundo o documento, a decisão do governo gaúcho, com base em acordo com o Ministério Público Estadual, "é mais uma decisão político-ideológica que visa enfraquecer o MST pela via da criminalização, trata-se de clamorosa violação de direitos humanos".O texto da comissão também afirma que a medida "chama a atenção pela imprudência, pois tem o evidente condão de agravar conflitos, estimular ódios e rancores, processos judiciais e administrativos intermináveis, resultando em desperdício  de recursos públicos e riscos à paz social".Na nota, o deputado Pompeo de Mattos faz um apelo, em nome da comissão, à governadora Yeda Crusius e ao Ministério Público do estado para reconsiderar a decisão, "até para evitar que se crie um caso emblemático de grave violação de direitos humanos a ser condenado em cortes internacionais, prejudicando assim a imagem do estado e do país".