Prefeitos da Baixada Fluminense querem regionalizar hospital para melhorar atendimento

16/01/2009 - 20h48

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os prefeitos de 12 municípios da Baixada Fluminense se reuniram hoje (16) para programar medidas conjuntas com o objetivo de melhorar o atendimento de saúde na região. Entre as prioridades, está a retomada das obras do Hospital Geral de Queimados e a regionalização do Hospital Moacir do Carmo, em Duque de Caxias.O hospital de Caxias está sobrecarregado por causa do grande movimento de pacientes. O prefeito do município, José Zito, disse que tem dificuldade para fechar as contas da unidade. Segundo ele, que também preside o consórcio de saúde formado pelas 12 prefeituras, a saída encontrada é compartilhar os custos do hospital com os governos estadual e federal.Zito revelou que técnicos do consórcio e da Secretaria Estadual de Saúde trabalham num estudo para regionalizar o Hospital Moacir do Carmo.“Há três semanas os técnicos do consórcio e o governo estadual estudam uma forma de regionalizar o hospital do Carmo”, disse. “Trouxe essa decisão, por conta da necessidade da região ter um hospital de excelência e, devido ao hospital ser construído limítrofe a cidade do Rio, o que facilita o acesso aos municípios”. De acordo com a secretária executiva do consórcio, Rosângela Bello, a Secretaria de Saúde de Caxias e o governo estadual também realizam o levantamento das necessidades da unidade para saber quais as especialidades precisam de médicos, equipamentos e leitos. Segundo Bello, já foi constatada a necessidade de ampliação dos leitos de obstetrícia e de infra-estrutura para realização de cirurgias.“A idéia é que o  [Hospital] Moacir do Carmo não tenha emergência. Que fique especializado no atendimento clínico, obstétrico e realize todas as cirurgias que precisam ser marcadas [eletivas]”, disse. Segundo a médica, o Hospital Adão Nunes, também em Caxias, que é estadual, atenderia os casos de emergência.O consórcio de prefeitos da Baixada também vai acompanhar de perto a retomada das obras do Hospital Geral de Queimados, do Ministério da Saúde. A unidade começou a ser construída há quase vinte anos e ainda não terminou. A mais recente interrupção durou quatro meses, devido a problemas na planta da obra. Segundo Zito, as obras serão retomadas no dia 26 de janeiro. O hospital de Queimados será o único da rede na região preparado para tratar doenças do coração. Atualmente, os cerca de quatro milhões de moradores da Baixada Fluminense procuram esse tipo de atendimento na cidade do Rio de Janeiro. A previsão é que a unidade fique pronta em maio,  e terá capacidade de atender cerca de duas mil pessoas por dia.