Queda no preço do barril do petróleo não afetará investimentos da Petrobras

03/12/2008 - 23h28

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A queda do preço do barril do petróleo no mercado internacional, que passou de cerca de US$ 140 para US$ 50 o barril, é pontual e não afetará os planos de investimento e a carteira de projetos da companhia – que trabalha com uma perspectiva de investimento de longo prazo.A afirmação foi feita hoje (3), no Rio de Janeiro, pelo diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella para quem o plano de negócios da estatal para o período 2009/2013, que está em fase de elaboração, não passará por modificações para se adequar ao quadro de redução de investimentos externos causado pela crise financeira internacional.De acordo com o diretor Guilherme Estrella, “a Petrobras não está pensando e não trabalha com a premissa de diminuição de investimentos e, tampouco, a exclusão e a não realização de projetos para o plano de negócios 20009 /2013”. Estrella foi categórico ao afirmar que os projetos para o pré-sal irão se acrescentar à perspectiva de novos investimentos da empresa.Para Estrella, exatamente por ser pontual, a recente variação do preço do petróleo não será determinante para a tomada de decisões da estatal ao estipular o volume de investimentos para o novo plano de negócios."O petróleo se comporta assim mesmo: de forma cíclica – com variações. E a empresa pensa sempre no longo prazo”, disse, ao descartar a possibilidade de que a empresa reveja valores de contratos em razão da retração no preço do barril no mercado internacional.“Não há essa possibilidade, os contratos estão assinados, muitos em execução e não tem essa de rever preços. Os agentes internacionais prevêem para 2020 uma demanda diária será de 110 milhões de barris - dos quais cerca de 60 milhões de barris por dia serão oriundos de projetos que não existem atualmente”, justificou. O diretor disse não ter informações [conforme divulgado na Imprensa] de que algumas empresas fornecedoras de equipamentos á estatal estejam enfrentando dificuldades de conseguir financiamento para seus investimentos. “O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o governo federal estão atentos ao problema de crédito e vem fazendo esforços para garantir recursos para o setor produtivo nacional”, disse, para depois acrescentar: não faltará dinheiro para que nós venhamos a dar prosseguimento aos novos projetos. Estrella também afirmou que os prazos para a entrega das 12 sondas já contratadas pela Petrobras no mercado externo para perfuração em águas ultraprofundas serão respeitados. "Eles [os prazos] estão garantidos e os equipamentos entrarão em operação no tempo previsto: a partir de 2012”.O diretor de Exploração e Produção da Petrobras participou hoje (3) do Fórum Nacional de Altos Estudos na sede do BNDES, no Rio de Janeiro.