Lula aponta vantagens do Brasil para enfrentar crise

24/11/2008 - 23h36

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Quatro fatores foram apontados pelo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, como pontos que dão ao Brasil melhores condições de enfrentar a crise financeira que outros países emergentes. De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que participou da reunião ministerial, hoje (24), na Granja do Torto, Lula teria ressaltado, ao final da reunião, o controle da inflação, o mercado interno aquecido, a diversificação das exportações e a política de investimentos em infra-estrutura , como pontos que diferem o Brasil dos demais países.“Nós estamos colhendo agora os frutos que plantamos quando nós fortalecemos nossas contas fiscais, por exemplo. A Índia tem desequilíbrio fiscal. Quando nos fortalecemos nossas reservas, muitas vezes recebendo críticas daqueles que diziam que nossas reservas eram exageradas, foi totalmente acertado. Foi acertado focarmos em ser credores em dólar do que devedores em dólar", Disse. Mantega também destacou a "diversificação do comércio exterior", implementadas pelo presidente Lula, que visitou países e abriu novos mercados, combinado com "uma vulnerabilidade menor ao comércio exterior". De acordo com o ministro da Fazenda, tudo foi construído pelo governo ao longo do tempo  e que colocou o país numa "situação mais sólida”.A crise é reconhecida como grave pelo governo, mas a reunião ocorreu em clima leve. Mantega disse que o encontro serviu para que se fizesse uma retrospectiva das políticas implantadas pelo governo desde o primeiro mandato e verificar que elas foram acertadas diante da crise. “As medidas que tomamos nesses últimos anos no sentido de gerar mais empregos pelo tipo de crescimento, a política de salário mínimo, que aumenta a renda da população, as políticas sociais, que transferem renda à população, mais a política de crédito, tudo isso levou a uma geração de um mercado interno forte que faz toda diferença em uma crise como essa", disse. Guido Mantega também apontou as obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) como um exemplo de “política anti-cíclica” que contribuirá para que o Brasil possa passar pela crise sem sentir de forma intensa seus efeitos. “O PAC é como se fosse um programa anti-cíclico por antecipação".