Procurador afirma que grampos da Operação Satiagraha tinham autorização judicial

11/09/2008 - 21h54

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O procurador da República Rodrigo de Grandis disse hoje (11) que a suspeita de participação de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nas interceptações telefônicas realizadas durante a Operação Satiagraha devem ser “objeto de uma investigação específica”, que poderia até mesmo ser apurada pela Polícia Federal.O procurador preferiu não comentar a notícia de que a defesa do banqueiro Daniel Dantas e dos demais investigados na Operação Satiagraha podem solicitar a nulidade das investigações alegando a ilegalidade das interceptações telefônicas que teriam sido realizadas, além da Polícia Federal, pela Abin e sem autorização judicial. Rodrigo de Grandis garantiu que as provas do processo - no caso as interceptações telefônicas - foram todas produzidas com ordem judicial. “O que posso dizer é que o Ministério Público Federal se manifestou sobre provas e elementos que foram autorizados judicialmente. As interceptações telefônicas que o MP teve conhecimento foram realizadas com ordem judicial”, disse o procurador.