Juiz eleitoral pede reforço à ação da Polícia Federal em Magé, no Rio de Janeiro

11/09/2008 - 21h27

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O  Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro está solicitando um reforço na atuação da Polícia Federal em Magé, onde têm se verificado problemas de ordem político-eleitoral, disse hoje (11) o  coordenador de fiscalização da propaganda eleitoral no estado do Rio, juiz Luis Márcio Alves Pereira. O mesmo poderá ocorrer em outros  municípios problemáticos, que terão apoio da Polícia Federal.

Hoje, a Polícia Federal de Niterói desencadeou a Operação Voto Sem Cabresto em Magé. A ação terá continuidade, disse o juiz, acrescentando que não está descartado o deslocamento das Forças Armadas para a região. “Magé está recebendo uma atenção maior  porque lá é um local de muita preocupação para a fiscalização da propaganda no estado e para o tribunal de uma maneira geral”, afirmou Pereira.

O presidente em exercício do TRE/RJ, desembargador Alberto Motta Moraes, reiterou  que a definição do horário das 12 horas às 18 horas para a entrada de candidatos e cabos eleitorais nas comunidades ocupadas pelas Forças Armadas na Operação Guanabara, objetiva  dar segurança às pessoas que participam das campanhas.Mota Moraes destacou que nem as autoridades militares engajadas na Operação Guanabara, composta pelas Forças Armadas, nem os juízes eleitorais têm a menor experiência anterior dessa situação. “O que está ocorrendo na cidade do Rio de Janeiro, e vai ocorrer em outras cidades do nosso estado, é absolutamente inédito na história da Justiça brasileira”, externou.Os locais nas comunidades ocupadas que poderão servir de espaço para campanhas eleitorais estão sendo mapeados pelo TRE em parceria com a Polícia Militar. Os candidatos e partidos políticos devem solicitar o uso dos locais ao Tribunal Regional Eleitoral com um dia de antecedência, para poderem contar com o apoio das Forças Armadas. Motta Moraes  destacou que as Forças Armadas não darão segurança a candidatos que sejam da própria comunidade e que desejem circular livremente. “Para fazer comício há locais determinados”, disse.