Paraná será o primeiro estado a ter um plano de contenção de poliovírus em laboratórios

03/08/2008 - 16h34

Lúcia Norcio
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Paraná terá o primeiro Plano Nacional deContenção de Poliovírus Selvagem nosLaboratórios. Segundo o Secretário de Saúde do Paraná,Gilberto Martin, com o projeto piloto – que será lançado na terça-feira (5) –, o Ministério daSaúde e o Laboratório Central do Estado (Lacen) terãoconhecimento dos laboratórios que manuseiam amostras potencialmente contaminadas ou que contenham ovírus, causador da poliomielite. “Esses locais serãosupervisionados e orientados quanto ao descarte ou armazenamentocorreto deste material”.O secretáriodisse que o projeto será implantado a partir de dezembro em todo Brasil, atendendo à resolução doComitê Executivo da Organização Pan-Americana deSaúde (OPAS). Na resolução, o país secompromete a garantir a necessária contenção demateriais contaminados com o poliovírus armazenados em seuslaboratórios.Segundo o diretor-geraldo Lacen, Marcelo Piloneto, a Coordenação Geral deLaboratórios de Saúde Pública (CGLAB) criou uminquérito online na página do Ministério quedeverá ser preenchido pelos laboratórios com opropósito de informar às entidades a ocorrência de amostras contaminadas. O secretário de Saúde considerao momento histórico. De acordo com ele, a erradicação é uma conquista, pois a doença ainda seencontra presente em vários países do mundo. “Precisamos manteressa posição, cumprir o plano de forma eficaz”,enfatizou o secretário.O últimoregistro de poliomielite na América ocorreu em 1991, no Peru.No Brasil, não há registros desde 1989 e no Paranádesde 1986. O último caso ocorreu em Campo Largo, região metropolitana de Curitiba. A vacinação contrapoliomielite ocorre desde 1980.Desde que foierradicada, as únicas fontes possíveis de proliferação da poliomielite no Brasil são pela importação originada de países onde adoença ainda existe e dos laboratórios públicose privados de pesquisa, de diagnóstico clínico, deensino e de produção de vacinas, que podem reintroduziracidentalmente o vírus no meio ambiente.