Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Comissão de Ética Pública, ligada àPresidência da República, deve analisar, na próxima reunião, no dia 4de agosto, o comportamento do chefe de gabinete do presidente LuizInácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, em relação ao pedido doex-deputado federal do PT e advogado Luiz Eduardo Greenhalgh. O ex-deputado pediu ao assessor de Lula queverificasse se o governo estava fazendo investigação sobre seu cliente, HumbertoBraz, um dos principais assessores do banqueiro Daniel Dantas. De acordo com a assessoria da comissão, osconselheiros sempre fazem uma análise do que foi divulgado na imprensasobre autoridades do governo. Só depois de uma avaliação, a comissãodefinirá se pede mais informações ao assessor ou uma sindicância sobreo caso ou não. O papel da comissão é avaliar se as autoridadesgovernamentais seguem as normas de conduta da Administração PúblicaFederal. Se a comissão entender que houve descumprimento, ela podesugerir ao presidente da República uma punição, que vai de advertênciaà demissão. A palavra final é do presidente da República. O chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula daSilva, Gilberto Carvalho, divulgou hoje (14) nota em que admite terconversado Greenhalgh sobre  Humberto Braz. Nanota, o assessor conta que o ex-deputado pediu que ele apurasse se aPresidência da República estava investigando seu cliente.Carvalho disse, na nota, que consultou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI),ligado à presidência, mas nega ter recorrido à Polícia Federal ouao Ministério da Justiça para atender o pedido de Greenghalgh.