OIT estima que 1,3 milhão de pessoas sejam trabalhadores escravos na América Latina

25/06/2008 - 0h15

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que 1,3 milhão de pessoas na América Latina estejam submetidas a condições de trabalho escravo. Segundo a diretora da OIT no Brasil, Laís Abramo, há mais de 12 milhões de pessoas no mundo todo vivendo nessa condição de "trabalho forçado", que envolve o conceito de "privação de liberdade"."Essa privação de liberdade se dá de diversas formas e as mais comuns são a servidão por dívida, retenção de documentos, presença de guardas armados e às vezes até isolamento", explicou. Segundo ela, no Brasil, a forma mais comum de trabalho escravo ocorre no setor rural.A diretora disse à Agência Brasil que é difícil estimar quantos trabalhadores estejam nesta condição no país, principalmente, por se tratar de um crime. "O que sabemos, com certeza, é que desde 1995 até hoje foram libertadas 30 mil pessoas nessa condição".A diretora da OIT participou hoje (24) de uma mesa de debates no evento sobre responsabilidade social das empresas e os direitos humanos, realizada em São Paulo, e que contou com a presença de diversos ministros e de empresários.