Crianças do Rio aprendem a preservar Mata Atlântica com brincadeiras

24/05/2008 - 14h53

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O que restou da MataAtlântica nas grandes cidades está desaparecendo emritmo acelerado. No lugar das florestas, além da expansãodesordenada das favelas, estão surgindo os condomíniosde luxo. Só no Rio de Janeiro, devido à expansãourbana, restam apenas 17% de remanescentes da Mata Atlântica. O alerta é dos membros daorganização não-governamental SOS MataAtlântica, que aproveitaram a manhã ensolarada de hoje(24), na capital fluminense, para realizar na praia de Copacabana umaatividade de conscientização em função doDia Nacional da Mata Atlântica, comemorado na próximaterça-feira, dia 27 de maio.Para atrair apopulação, os ambientalistas e voluntários doServiço Social do Comércio (Sesc), promoverambrincadeiras e um teste de conhecimento sobre a Mata Atlântica.Quem adivinhasse os animais que vivem nesse bioma ganhava um brindefeito com material reciclado.O diretor demobilização da SOS Mata Atlântica, MárioMantovani, lembrava às pessoas, que a preservaçãoambiental depende mais da conscientização do cidadãodo que de ações governamentais. Segundo ele, no Rio amaior preocupação dos ambientalistas é com aexpansão urbana em áreas de preservação.“De 1985 a 1990 o Riode Janeiro foi o campeão nacional da devastação.Depois a situação se reverteu, mas nos últimostrês anos o problema voltou com força. Cada casa quesobe o morro custa mais de 10 vezes para cada cidadão do queuma casa no lugar correto”, disse.Mantovani, no entanto,não culpou apenas os governos estadual e municipal. Para ele,os cidadãos são co-responsáveis na devastaçãodas florestas.A Secretaria deAmbiente do Estado do Rio de Janeiro informou que desde o ano passadovem realizando fiscalizações em áreas depreservação permanente na capital e na Regiãodos Lagos e que vários barracos e imóveis de luxo foramdemolidos.