Amorim destaca colaboração de Brasil, Índia e África do Sul com países mais pobres

11/05/2008 - 15h04

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro das RelaçõesExteriores, Celso Amorim, classificou hoje (11) de  “pioneira” ainiciativa de cooperação trilateral entre ministros doBrasil, Índia e África do Sul. Ao participar de umbalanço dos planos de ação setoriais e dosacordos trilaterais assinados no Fórum deDiálogo Índia-Brasil-África do Sul (Ibas),Amorim destacou a participação brasileira noenfrentamento de crises sócio-econômicas em paísescomo Haiti e Guiné Bissau. “O Brasil tem orgulhoda contribuição que tem dado, juntamente com a Índiae a África do Sul, em projetos de real impacto navida de milhares de pessoas que vivem em países pobres.Estamos prontos para estender tais projetos e aprovar novasparcerias”, disse o ministro em seu discurso de abertura da 5ª Reunião Ministerial do Ibas, na Cidade do Cabo, África do Sul.O Ibas foi criado em 2003 comoinstância de coordenação política entre ostrês países para promover a cooperaçãotrilateral em áreas de interesse comum e fortalecer a voz dospaíses em desenvolvimento. A reunião de hoje representa uma preparação para 3ª CúpulaPresidencial do Ibas, marcada para 15 de outubro, na Índia.Ainda durante o encontro, Amorim reforçouque a cooperação trilateral pode apresentar benefíciosnão apenas para as nações envolvidas como tambémpara outros países em desenvolvimento, sobretudo os maispobres.“Temos conhecimentode nossos problemas sociais, mas procuramos não nos esconderde nossa responsabilidade em ajudar países que passam pornecessidades ainda maiores. O Fundo IBAS, uma iniciativa pioneira,reflete a percepção de que países desenvolvidospodem se ajudar mutualmente.”O Fundo Ibas paraIniciativas de Alívio à Fome e à Pobrezafinancia projetos de cooperação técnica empaíses de menor desenvolvimento relativo. Desde 2004, o fundoinvestiu US$ 1,5 milhão em projetos de tratamento de resíduossólidos no Haiti e de promoção da agriculturafamiliar em Guiné Bissau, entre outros. O Brasil jácontribuiu com cerca de US$ 3,5 milhões para o fundo.