Corpo do ex-senador Artur da Távola é sepultado no Rio

10/05/2008 - 19h43

Aline Beckstein
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O corpo do jornalista e ex-senador Artur daTávola (PSDB-RJ) foi sepultado hoje (10), no Cemitério São João Batista, depois de ter sido velado durante cercade sete horas no Palácio Tiradentes, sede da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. A paixãode Artur da Távola pelo Fluminense foi lembrada com a bandeira tricolorcolocada sobre o caixão. O ex-senador morreu ontem (9), aos 72 anos, de insuficiênciacardíaca.  Artistas, cineastas,jornalistas e políticos foram ao velório de Artur da Távola. O governador de São Paulo, José Serra, lembroudo tempo em que esteve exilado com o ex-senador. “Ele foi uma pessoa muito importante na minha vida. Nos exilamosjuntos, convivemos durante anos no exílio. Depois nos reencontramosaqui", contou Serra."Fomos deputados juntos, senadores juntos, sempre muito amigos,muito próximos”, acrescentou o governador, lembrando que Artur da Távola era também um homem de cultura. "E nãoexagero ao dizer que talvez ele tenha sido o maior propagador da músicaclássica entre os brasileiros."O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, destacou outra característica do ex-senador: ocaráter “conciliador” e sua capacidade de sedividir entre a política  e a cultura. "Fica aí uma lacuna muito grande, mas ficam, sobretudo, os seusexemplos e a capacidade que ele teve de conciliar uma militânciapolítica muito efetiva com uma densa e profunda atividade cultural”,disse Aécio. “Artur era a ligação entre os homens públicos eaqueles que fazem a cultura, o Brasil real. Fui seu colega naConstituinte, e com ele aprendi muito”. Na família, Távola foi lembrado como uma pessoa que, “em vez demandar, buscava apontar caminhos”, segundo o filho caçula, DudaMonteiro.   “Ele nunca foi um pai repressor. Fazia questão de nos de nos deixarlivre para que pudéssemos escolher os caminhos da vida. Não guardavarancores no coração, e como era uma pessoa extremamente sensívelprocurava sempre apontar os caminhos”, contou o jornalista no velório.