Justiça paulista começa amanhã a ouvir réus da Operação Pirita

21/04/2008 - 16h43

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A Justiça Federal paulista dá início amanhã (22) aos interrogatórios dos réus denunciados na Operação Pirita, da Polícia Federal, deflagrada em fevereiro deste ano. Os acusados vão ser interrogados pelo juiz federal substituto Márcio Ferro Catapani na sede da 2ª Vara Criminal Federal, na capital paulista, a portas fechadas já que o processo corre sob sigilo.Serão ouvidas as brasileiras Regina Célia Santarelli, Márcia Tito Ribeiro, Cíntia Brandolini e Bárbara Cardoso de Mendonça Gomes. Na quinta-feira (24) serão interrogados os estrangeiros Doron Mukamau – acusado de ser o líder da organização, Aron John Antonhy Patrick Trainor, Alan Craig Chard e James Michael McCann. A Operação Pirita teve como finalidade desmontar um esquema formado por estelionatários que, com base montada em São Paulo, lesaram investidores (pessoas e empresas) no mercado de ações de diversos países, principalmente Inglaterra, Espanha, Austrália e Estados Unidos. A pirita, que deu nome à operação, é um mineral com cor semelhante à do ouro e, por isso, conhecido como “ouro de tolo”.A organização criminosa entrava em contato com investidores estrangeiros e os convencia a vender ações de baixo valor a bons preços, com a condição de pagar antecipadamente taxas de corretagem e impostos. Quando as taxas eram pagas, a organização desaparecia. O dinheiro era então depositado em bancos estrangeiros, voltava ao Brasil por meio de doleiros e um grupo estabelecido no país fazia a lavagem por meio da compra de imóveis.